A palavra de ordem é cortar gastos. Pelo que se pode ver, esta é a linha de trabalho adotada pelo futuro prefeito de Guabiruba, Matias Kohler (PP), nos primeiros meses do governo que inicia em 1º de janeiro de 2013. A medida inclui a nãoocupação, em um primeiro momento, de três das dez secretarias que formam a administração na prefeitura.

 De acordo com Kohler, as pastas são Indústria e Comércio, a de Meio Ambiente e a de Desenvolvimento Econômico e Turismo. "Não que não sejam importantes. Mas temos que, primeiro, buscar o equilíbrio da folha de pagamento. Temos dentro desse quadro de excesso de comprometimento da receita do município com o setor pessoal que ultrapassa 52% do orçamento", destaca ele.

Entre as razões para o corte de gastos está a revisão do novo piso nacional do magistério, que deve ser elevado em torno de 21%, acredita Matias Kohler. "Isso compromete cerca de 50% do funcionalismo, que hoje está lotado na secretaria municipal da Educação. Isso além da data base dos servidores municipais, que é em janeiro. Com a reposição da inflação, que vai beirar de 5% a 7%, já dá um incremento de mais de R$ 200 mil na folha", frisa ele, citando ainda que a queda de arrecadação é outro fator que pede a adequação.

Corte de vantagens, atualmente concedidas por meio de gratificações, e demissões não estão descartadas. "Uma série de medidas antipáticas, mas que serão necessárias diante do quadro que vamos enfrentar com a nova administração", finaliza Kohler.

Esta semana, os novos prefeito e vice, Matias Kohler e Valmir Zirke (PT), anunciaram os dois primeiros nos a compor o secretariado. Stela Maris Maccarini Fischer será a nova secretária da Saúde, enquanto que Moacir Boos comandará a Agricultura. Ambos são funcionários de carreira. Kohler adianta que, ainda esta semana, serão anunciados novos nomes.